Quais os tratamentos para pedra na vesícula?

Não é sempre que os sintomas de pedra na vesícula aparecem, mas entre as principais queixas das pessoas acometidas estão:

•  Dor súbita e repentina no abdômen superior direito;
•  Dor súbita e repentina no centro do abdômen; 
•  Dor nas costas (na parte de cima do tórax);
•  Dores no ombro direito; 
•  Náuseas e vômitos.

Existem duas maneiras da pedra na vesícula se formar: pela má dissolução do colesterol ingerido ou quando é causada por pigmentos, derivado de muita bilirrubina na bile. 

A bilirrubina é um composto cristalino de coloração laranja, que resulta na degradação da hemoglobina. 

As causas de pedra na vesícula não são totalmente claras, mas especialistas e estudiosos apontam que alguns fatores contribuem para a formação: 

• Quando a bile contém alta quantidade de colesterol. O corpo humano contém componentes suficientemente capazes de dissolver o colesterol ingerido. No entanto, se o fígado passa a liberar mais colesterol do que a sua bile consegue dissolver, o excesso do mesmo poderá se transformar em cristais e, eventualmente, em pedras. 

• Quando a bile contém muita bilirrubina. Este componente químico é produzido quando o corpo quebra os glóbulos vermelhos. Certas condições - como a cirrose hepática, infecções biliares e algumas doenças no sangue -, fazem com que o fígado produza bilirrubina em excesso, transformando-a em pedras ou micro pedras. 

• Quando a vesícula biliar não esvazia corretamente. Se a vesícula biliar não esvaziar completamente ou com a frequência suficiente, a bile pode se tornar muito concentrada, contribuindo para a formação de cálculos biliares.

Veja alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da pedra na vesícula: 

• Ser mulher;
• Ter mais de 40 anos;
• Sobrepeso ou obesidade;
• Sedentarismo;
• Dietas ricas em gordura;
• Dietas ricas em colesterol; 
• Dietas deficientes de fibras;
• Histórico familiar; 
• Diabetes;
• Perda rápida de muito peso;
• Gravidez; 
• Doenças hepáticas;
• Medicamentos que contenham estrogênio (anticoncepcionais ou terapia hormonal).

Para reduzir as chances de desenvolver estas pedras é importante fazer uma mudança no estilo de vida e alimentação, começando com o consumo de água e de alimentos que tenham uma baixa quantidade de gordura, como frutas, vegetais e carnes magras. Além disso, é possível contar com o acompanhamento de profissionais como médicos e nutricionistas, adotando hábitos como: 

- Manter uma alimentação saudável e controlar o nível de colesterol ruim;

- Evitar pular refeições para que o corpo não acumule gordura e colesterol;

- Controlar o peso, principalmente a oscilação dele;

- Praticar atividades físicas regularmente.

O diagnóstico acontece a partir do surgimento dos sintomas. Então, para confirmar a formação de pedras na vesícula o seu médico solicitará um ultrassom de abdômen.

Em alguns casos, em especial quando os sintomas se manifestam, é necessário realizar tratamento para eliminar as pedras. Apesar de ser uma condição de fácil diagnóstico e cuidado, os riscos de não tratar uma crise de vesícula podem incluir o surgimento de um tumor.

As opções de tratamento de acordo com cada caso são:

Cirurgia para remover a vesícula biliar: com a retirada da vesícula biliar, a bile flui diretamente para o intestino delgado em vez de se concentrar no local. A vesícula biliar, por sua vez, não é necessária para que uma pessoa viva, e a remoção não influenciará na digestão de alimentos. 

Medicamentos para dissolver os cálculos: medicamentos tomados via oral ajudam na dissolução dos cálculos. A única ressalva deste tipo de tratamento é que pode levar meses ou anos para que se dissolvam. Outro ponto a ser avaliado é que se o tratamento for interrompido (por conta do desaparecimento dos sintomas) novas pedras podem se formar com o passar do tempo. 

Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico da NotreDame Intermédica