Veja as principais fake news sobre o Coronavírus
Saúde e Bem-Estar Você Sabia? -
Se você acompanha as últimas notícias sobre o novo Coronavírus, percebeu que essa doença chegou com tudo no mundo inteiro e vem gerando diversas polêmicas e fake news (ou notícias falsas), seja para promover a desinformação, por interesses políticos ou mercadológicos. Enviadas principalmente pelo WhatsApp e pelas redes sociais, é preciso tomar muito cuidado para não acreditar nesses boatos e colocar a sua saúde em risco.
Neste artigo, o GNDI mostra quais são as mentiras mais contadas sobre a COVID-19 e como identificar as fake news.
Quarentena e distanciamento social não funcionam
Embora muitas pessoas já estejam subindo pelas paredes para sair de casa, é de extrema importância manter a quarentena e o distanciamento social. Isto porque o Coronavírus é um microrganismo que não vive sozinho, ou seja, se ele estiver na rua ou em outro ambiente e não encontrar ninguém em quem “entrar”, em três horas ele morre; já se houver aglomeração de pessoas e algumas delas estiverem infectadas com o vírus, haverá um contágio em massa exponencial.
O problema é que isso pode sobrecarregar os leitos de UTI e gerar um colapso no sistema de saúde, pois nenhum país tem recursos suficientes para cuidar de toda a população doente ao mesmo tempo – isso sem contar casos de outras doenças ou acidentes que precisam de internação. Por isso, se puder, fique em casa, trabalhe em home office e só saia para ir ao médico ou fazer compras essenciais.
Vitamina C previne o Coronavírus
Além das medidas de distanciamento social e higiene correta das mãos e da casa, não há nenhum medicamento ou alimentação que possa prevenir o Coronavírus até que uma vacina seja descoberta. A vitamina C, assim como todas as outras, tem a função de fortalecer o organismo, mas não previne nenhum tipo de doença.
Vacina para a gripe deixa o sistema imunológico mais fraco
Tomar vacina contra a gripe, neste momento, é essencial para evitar também o Coronavírus – principalmente pessoas dos grupos de risco, como idosos, diabéticos, hipertensos, entre outros. Como os sintomas das duas doenças são muito parecidos em alguns casos, pode confundir e levar a pessoa doente a ir ao médico sem necessidade, expondo-se ao risco de pegar, também, a COVID-19.
A vacina pode ajudar no diagnóstico. Por exemplo, se o paciente suspeitar de que está com Coronavírus e já tiver tomado a vacina de gripe, é muito provável que realmente esteja. Se ainda não tenha tomado, precisará fazer um teste para confirmar.
O Coronavírus foi criado em laboratório
Embora ainda não haja uma resposta assertiva sobre a origem do Coronavírus, a maioria dos cientistas acredita que o vírus, descoberto na década de 1960, tenha passado por uma evolução natural e voltou mais forte, transmitido pelo morcego. Isto porque, segundo pesquisadores, a fórmula do SARS-CoV-2 é muito diferente daquelas vistas em vírus do mesmo grupo.
Vinagre é tão eficaz quanto álcool para matar o vírus
O vírus é um organismo unicelular protegido por uma parede de gordura e proteína, e o sabão ou álcool em gel conseguem “quebrar” essa proteção e matar o vírus. Não há comprovações científicas da eficácia do vinagre como antisséptico.
Bebidas quentes ou alcóolicas matam o Coronavírus
Algumas pessoas recomendam ingerir água ou chás quentes (entre 26ºC e 27ºC) para matar o vírus. No entanto, como a temperatura do corpo é de, ao menos, 36ºC, essa ação é ineficaz. Por outro lado, alguns médicos recomendam o consumo de muito líquido para manter a garganta úmida e dificultar a entrada do vírus no organismo.
Ingerir álcool também não ajuda a combater o Coronavírus. O álcool 70 só é eficaz quando o vírus está “solto” em alguma superfície (mãos, objetos etc.). A partir do momento que ele está dentro de um organismo, apenas o sistema imunológico pode matá-lo.
Alguns medicamentos específicos têm eficácia comprovada contra o novo Coronavírus
Por mais que alguns defendam o uso de hidroxicloroquina ou anticoagulantes, ainda não foi descoberto nada que tenha eficácia contra o vírus. Diversos medicamentos estão em testes e só devem ser utilizados apenas com prescrição e supervisão médica. Por enquanto, o recomendado é utilizar apenas remédios para tratar os sintomas, como antitérmicos se houver febre e analgésico para dores no corpo.
Diagnóstico caseiro
Segundo uma publicação que circula pelas redes sociais, há um diagnóstico caseiro para saber se você é portador do Coronavírus: basta respirar fundo, prender a respiração por mais de 10 segundos. Se você não tossir, sentir desconforto ou congestão, não está infectado. Essa notícia é falsa e não possui embasamento científico. Em alguns casos, o Coronavírus pode se assemelhar muito com gripe ou resfriado, e apenas um exame específico pode dizer se você tem ou não a doença.
Dicas para evitar as fake news
As fake news – ou notícias falsas – sempre existiram e vêm ganhando cada vez mais espaço, principalmente pelo WhatsApp. O Blog da Saúde do GNDI trouxe dicas para você fugir das notícias falsas antes de compartilhá-las:
- Cheque sempre a fonte: é raro, mas até jornais renomados e com credibilidade estão suscetíveis a publicarem notícias falsas e mal apuradas. Mas, ainda são as fontes mais seguras de informações. Se você recebeu uma notícia muito séria pelo WhatsApp que não saiu na TV, em rádio, jornal imprenso ou sites de internet, desconfie: pode ser fake news.
- Veja se saiu em pelo menos três lugares: as notícias verdadeiras geralmente não saem em apenas um lugar. Se vir algo suspeito, faça uma pesquisa em um site de busca e verifique se saiu em pelo menos três jornais confiáveis.
- Siga perfis que desmascaram as fake news: você sabia que alguns jornalistas trabalham apurando se a notícia é verdadeira ou falsa? Algumas páginas nas redes sociais, inclusive, recebem os boatos dos próprios usuários e vão atrás para saber se aquilo é verdadeiro ou falso.
- Veja se tem erro de português: alguns erros de digitação ou ortografia podem até passar pelos olhos do revisor, mas quando os erros são muito grotescos, desconfie: tem algo errado na história. Verifique todas as dicas acima para confirmar se é fake news.
- Verifique a data de publicação: notícias verdadeiras divulgadas muitos anos depois de o fato ter acontecido também podem ser usadas como fake news. Por isso, antes de encaminhar, leia com atenção e veja a data de publicação.
Referências
Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica
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